Vamos começar pela definição do DSM-V…
“ Ingestão, em um período determinado (ex.: dentro de duas horas) de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes.
Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (sentimento de não conseguir parar de comer ou de não controlar o quanto e o que está ingerindo).
Precisam estar associados a pelo menos 3 destes aspectos:
1- Comer mais rapidamente que o normal
2- Comer até se sentir desconfortavelmente cheio
3- Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome
4- Comer sozinho por vergonha do quanto está comendo
5- Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.
É preciso ter um sofrimento em virtude da Compulsão Alimentar.
Os episódios precisam ocorrer pelo menos uma vez na semana, num período seguido de três meses.
A Compulsão Alimentar não está associada a métodos recorrentes de comportamento compensatório inapropriado.
E dentro desse quadro, podemos identificar os graus, de acordo com a frequência.
Estima-se que 50% dos pacientes obesos tenham Compulsão Alimentar, fazendo com que possuam um prognóstico mais complexo do que o paciente que não sofram deste transtorno.
O paciente sofre muito com esse comportamento, não é algo que ele faça apenas porque gosta muito de comer, ele busca um alívio imediato da angústia, da ansiedade, das emoções que lhe incomodam… É uma busca pela regulação emocional através da comida. O problema é que não resolve, e em seguida o quadro piora, somando-se à sua angústia, a sensação de incapacidade.
99% das vezes o quadro acontece quando paciente se vê sozinho, pois relatam que não querem ser vistos se alimentando de forma tão descontrolada.
Se você se identifica com este quadro, procure ajuda profissional rapidamente.
Atualmente o padrão ouro de tratamento para Compulsão Alimentar é a Terapia Cognitivo Comportamental clássica associado ao uso de medicações específicas que ajudam no controle dos impulsos.
Em terapia o psicólogo faz uma psicoeducação com o paciente, ensinando sobre seu quadro e apresentando uma ideia do processo da psicoterapia.
Aplica técnicas para aumentar a motivação do paciente ao processo, já que geralmente este paciente vem de muitas tentativas anteriores falhas.
Identifica os pensamentos disfuncionais e orienta o paciente a monitorá-los
Trabalha-se muito com as crenças desse paciente, e reconstrói.
Busca o desenvolvimento das habilidades sociais
Apoio para desenvolver a auto eficácia ( capacidade de resolver seus próprios problemas)
Prevenção de recaídas
Foco na mudança de hábitos alimentares é comportamentos sedentários.
Neste processo é possível alcançar a remissão ou diminuição dos episódios compulsivo.
PARA AGENDAMENTOS:
Natale Molina
Recepção do Centro Médico Sinapse
ou Whatsapp (17) 99116-5824
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