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NATALE MOLINA

Psicóloga

CRP 06/103689

Quando os poderosos brigam, quem adoece somos nós: O impacto silencioso das guerras políticas e econômicas na nossa saúde mental.

Vivemos tempos de tensão.De um lado, líderes disputam poder em batalhas políticas que parecem não ter fim — como Lula e Trump, em lados opostos de narrativas inflamadas. De outro, o mundo segue marcado por conflitos armados como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o embate entre Irã e Israel, e as ameaças geopolíticas que pairam como nuvens carregadas sobre nossas cabeças.

Enquanto isso, nós seguimos tentando viver.Trabalhar, cuidar da família, manter uma rotina minimamente equilibrada. Mas há um cansaço invisível pairando sobre muitos de nós — e ele não é só físico: é psicológico, emocional, existencial.


Não é preciso estar diretamente envolvido numa guerra para que o corpo e a mente entrem em estado de alerta. Basta ligar a TV, abrir as redes sociais ou ir ao mercado e perceber que tudo está mais caro, mais instável, mais hostil.


Pessoas estão preocupadas com o futuro dos filhos, com seus negócios, com a sobrevivência em um cenário onde nada parece estável. É o medo do que virá. A angústia de não ter controle. E o corpo responde: insônia, tensão muscular, distração constante, taquicardia, irritabilidade, perda de libido, tristeza, etc. Você sente que está vivendo no limite? Isso tem nome. É o impacto emocional do caos coletivo.


A todo momento somos bombardeados por análises, escândalos, ameaças, decisões que não controlamos — mas que nos afetam diretamente. É como viver em um campo minado, onde você não sabe o que vai explodir amanhã, mas já está se preparando para o pior.


Essa exposição constante nos esgota.Nos dá a falsa sensação de que estar "por dentro" nos protege. Mas, na prática, muitas vezes a informação em excesso vira mais uma fonte de ansiedade, e não de preparo.


Conflitos políticos, guerras e disputas de poder sempre existiram, mas hoje, o que muda profundamente é a forma como essas notícias chegam até nós: rápidas, cruas, repetidas e, muitas vezes, contraditórias. Antes, levava-se dias ou semanas para saber o que acontecia do outro lado do mundo. Agora, sabemos em segundos — mesmo quando não temos estrutura emocional para lidar com o que estamos vendo.


Pior: muitas dessas informações são distorcidas, parciais ou até falsas. Mas, na corrida por cliques e engajamento, vale mais ser o primeiro a noticiar do que ser o mais responsável .E assim, somos inundados por alertas, manchetes, opiniões inflamadas e previsões catastróficas.


O resultado? Nosso sistema nervoso, que já vinha em alerta por questões pessoais, entra em colapso diante de uma avalanche de estímulos que ele não foi feito para suportar.


Informação é poder — mas o excesso dela, sem filtro e sem propósito, pode virar veneno.


A todo momento somos bombardeados por análises, escândalos, ameaças, decisões que não controlamos — mas que nos afetam diretamente. É como viver em um campo minado, onde você não sabe o que vai explodir amanhã, mas já está se preparando para o pior.


Essa exposição constante nos esgota. Nos dá a falsa sensação de que estar "por dentro" nos protege. Mas, na prática, muitas vezes a informação em excesso vira mais uma fonte de ansiedade, e não de preparo.


Famílias que param de se falar. Amizades rompidas.Pessoas com medo de se posicionar. Outras vivendo em um campo de batalha virtual diário.


A polarização não afeta só o coletivo — ela fragmenta também o mundo interno. Você se sente pressionado a escolher um lado, a odiar quem pensa diferente, a ter uma opinião sobre tudo… e ainda assim, muitas vezes, se sente perdido, cansado, esgotado.


Você não controla as decisões dos poderosos, mas pode escolher não entregar sua saúde mental de bandeja para elas.


Aqui vão cinco caminhos possíveis:

  1. Filtre o que consome. Informação é importante, mas você não precisa ser um analista político 24h por dia.

  2. Reconheça suas emoções. Sentir medo, raiva, tristeza ou confusão não é fraqueza. É sinal de humanidade.

  3. Cuide da rotina. Manter horários, hábitos saudáveis e sono regular ajuda a estabilizar o sistema nervoso.

  4. Converse com quem te escuta — e não te julga. Apoio emocional é tão necessário quanto alimento em tempos de crise.

  5. Busque ajuda psicológica, se puder. A psicoterapia oferece um espaço de amparo e clareza mesmo em contextos caóticos.


As tensões globais, as disputas de ego entre líderes, as decisões tomadas em escritórios de altoescalão afetam nossas vidas reais: no preço do arroz, na segurança das ruas, na expectativa sobre o futuro, é preciso saber e se posicionar sim, mas você não precisa adoecer por isso. A saúde mental é seu refúgio, sua trincheira emocional, é que te resta quando o resto te faltar.


Cuidar de si e reduzir o consumo desenfreado de informações não é alienação.


 
 
 

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